quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Meu vizinho



Como se já não bastasse toda correria que era minha vida, no momento em que eu estava menos preparada ele surgiu. Não que eu não o quisesse. Na verdade, tinha mesmo era medo de o inevitável acontecer. De me apaixonar, sei lá. Ou quem sabe, começar a nascer em mim um amor platônico. Não diria tão platônico, pois é impossível não perceber que ele me chama á atenção, que meche com meus nervos. Ele chegou como uma ventania adiantando um grande temporal.

Reúne em si, amor e ódio. Indiferente, complicado, nem aí pra opinião dos outros; era o que eu achava antes de conhecê-lo bem. No começo achei que ele fosse coisa da minha cabeça, mas era tão de carne-e-osso quanto eu mesma. Governador de si mesmo, inteligente, autêntico e com um forte poder de discurso. Em nosso primeiro contato, logo me fez destruir todos os defeitos que outrora havia lhe colocado. Seu rosto, de beleza franca, branco, tomava o ar de seriedade, de um homem que em determinados instantes tem atitudes de menino. Mas os bons olhos, que ficam por detrás do seu belo enfeite de rosto, correm cada gesto meu ou movimento, mostrando prestança em proteger. Pouquinha curiosidade, e um mínimo de automática desconfiança. Tenho que falar sobre seus cabelos lisos que me toma o ar cada vez que coloca suas mãos sobre eles. Diferente de todos os outros que já conheci. A cada dia me faz ter mais curiosidade em tentar descobrir o possível sobre ele. Cinco letras possuem seu nome. Tão simpático como pessoa e, como vizinho muitas vezes tão temido, como quase é a escrita de seu sobrenome. (risos) Minha vida não é um conto de fadas, mas se fosse com certeza ele seria meu herói.

Calma, ele não é o meu namorado, mas também não é só um amigo. É mais que isso. Um ser que me alegra todas as vezes que nos encontramos, me ensina maravilhosas lições de vida, levanta minha auto-estima e, acima de tudo parece apenas querer me ver feliz. E é exatamente o que sinto quando estou próxima a ele, Felicidade! Ele nem imagina o quanto suas palavras fazem importância para mim. Já se passou um ano desde que o conheci, e nesse tempo todo não tenho nada pra reclamar, e sim para agradecer. E a única coisa que posso querer é que venham muitos e muitos outros anos pela frente.


Esse texto foi um exercício de umas das minhas disciplinas na faculdade, "Jornal Laboratório".

por/alinepaiva

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