segunda-feira, 19 de abril de 2010

Nem tudo é como parece’



Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Gaste mais horas realizando que sonhando. Não criar expectativas com relação ao outro evita decepções.

por: aline paiva

2 comentários:

  1. Pow... Muito bom!! Inspirador! Às vezes, também, me pego pensando nisso... nessa "vida morna"... Mas vc conseguiu expressar muito bem!

    Certamente ainda tenho muito o que aprender com contigo, Aline!
    bjs
    bruno mota

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  2. Eita que honra! Belas palavras. Fico feliz por saber disso, e tenho certeza que ainda tenho muitas coisas para aprender com vs tbm. Beijinhos *------*

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